Tumulto, gás lacrimogêneo e bala de borracha: Sessão da Câmara de Vereadores de Porto Alegre é suspensa após manifestantes serem barrados; veja vídeo
15/10/2025
(Foto: Reprodução) Tumulto, gás e bala de borracha em Sessão da Câmara de Vereadores de Porto Alegre
A sessão desta quarta-feira (15) da Câmara de Vereadores de Porto Alegre foi suspensa no início da tarde após manifestantes serem barrados de entrar no plenário para acompanhar a votação. Do lado de fora do prédio, forças de segurança utilizaram gás lacrimogênio e balas de borracha para dispersar parlamentares e membros de movimentos sociais.
A vereadora presidente da Câmara, Comandante Nádia (PP), acionou um protocolo de segurança que restringiu a entrada no plenário Otávio Rocha. A sessão foi retomada pela líder da mesa diretora pouco depois das 18h, sob protestos da oposição. Cerca de meia hora depois, a sessão foi encerrada.
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Dois projetos dos quais os manifestantes eram contrários seriam votados na sessão: um deles restringe a atuação de catadores na cidade e o outro tratava da concessão do Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) à iniciativa privada.
Vereadoras da oposição consideram a ação das forças de segurança como autoritária. "É inaceitável o que aconteceu. Vereadores da Casa foram atacados na Casa do Povo, na Câmara de Vereadores, tentando mediar. A gente queria que o povo tivesse o direito de entrar na casa", afirmou Grazi Oliveira (PSOL).
"Avisamos que este protocolo que tinha sido imposto de forma autoritária levaria a um tipo de conflito que não era necessário nessa Casa, porque nós tínhamos uma manifestação pacífica ali na frente", disse Juliana de Souza (PT).
A conduta da Guarda Municipal será analisada pela Câmara após os confrontos. A presidente da Casa destacou que todas as ações foram registradas: “Os nossos guardas municipais têm as câmeras corporais, todas as imagens foram filmadas, e nós vamos fazer análise devida para que a gente possa saber o que aconteceu realmente”.
“O Parlamento é um espaço legítimo de debate, de divergências, mas jamais de desordem ou de desrespeito a qualquer tipo de regra”, afirmou a presidente. Segundo ela, “por questão de segurança, foi necessária a intervenção da Guarda Municipal para garantir a integridade dos vereadores, dos assessores, da própria imprensa e das pessoas que estavam assistindo à sessão”.
Em nota, a administração municipal informou que o prefeito Sebastião Melo determinou à Secretaria Municipal de Segurança (Smseg) a abertura de Inquérito Preliminar Sumário (IPS) para apurar fatos envolvendo a Guarda Civil Metropolitana e manifestantes. O procedimento deve averiguar todos os elementos que contribuíram para o ocorrido, incluindo as imagens de câmeras corporais dos agentes de segurança.
Forças de segurança atuaram na parte externa da Câmara
Reprodução/RBS TV
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